Washington se empolga e crava: “Por mim a gente jogaria a Champions League”

Autor(a):

Foram 12 minutos de entrevista coletiva, muito além dos habituais quatro a cinco minutos que os jogadores falam. Nesta segunda-feira, o volante Washington deixou de lado a monotonia e concedeu uma entrevista entusiasmada sobre o futuro do Brasil. Para o jogador, estreante na Série C, a manutenção do grupo e a sintonia com a torcida é o trunfo do Xavante na competição nacional. “Por mim a gente chegaria na Champions League” e “a gente vê o crescimento do Brasil pelas arquibancadas, a torcida é tanta que o estádio não aguentou”, foram frases disparadas pelo otimista Washington nesta segunda.

washito
Washington em ação com a camisa rubro-negra (Foto: Carlos Insaurriaga)

UM DEGRAU DE CADA VEZ

Mesmo fugindo do óbvio, a coletiva de Washington foi marcada pela continuidade do discurso, até aqui vencedor, adotado por Zimmermann e jogadores do elenco. O volante, que se recupera de lesão, falou sobre a força do Brasil para encarar a Série C. “Acho que a gente chega mais forte do que no ano passado. A manutenção do elenco é importante para nós e sempre foi um diferencial nosso. Vamos enfrentar equipes mais fortes, sabemos que cada jogo disputaremos uma final, mas o Zimmermann vai nos passar o que precisamos melhorar”, comentou.

Para o jogador, não adianta pensar na Série A enquanto o Xavante disputa apenas a Série C. Estreante na competição, Washington evitou falar em favoritismo ou não do Xavante no certame. “Vamos somar o maior número de pontos possíveis. Não adianta pensar na taça se nem começamos a competição ainda”, destacou.

SÉRIE C MAIS DIFÍCIL

Parece claro que a tarefa do Brasil neste ano é mais difícil do que no ano passado. Washington destacou a qualidade dos jogadores adversários. “Tem jogadores de nível de Série A e B”. “A Série D é um torneio. Nunca disputei a C, mas sei que é difícil, pelo que falam. Na Série C tem jogadores de alta competência e por isso nós temos que elevar o nível técnico ao máximo. O Rogério está trazendo reforços, temos que confiar”, afirmou.

CAIU A ARQUIBANCADA

Se evitou falar em acesso, Washington deixou de lado a hesitação quando o assunto foi o crescimento estrutural e técnico do Brasil. O jogador citou a queda da arquibancada do Bento Freitas para ilustrar o momento de euforia vivido pelo Rubro-negro.

“A gente vê o crescimento do clube pela arquibancada. É tanta gente que o estádio não aguentou e caiu. Vamos ter que fazer um novo! O Brasil está crescendo, só um tolo não vê isso. Tínhamos 2 mil sócios e agora temos 8 mil. Devagar, sem empolgação e com muito trabalho, vamos lutar ao máximo para continuar crescendo. Gostaria de Série A, mas é cedo para falar nisso”.

O volante destacou a importância da cobrança e da euforia por parte da torcida e da imprensa, que ajuda a equipe a querer cada dia vencer mais. “O que a gente já fez ficou para trás. A cobrança é boa porque é de nível alto. Antes a cobrança era para subir da Segunda Divisão para a primeira no Gauchão. Agora é a nível nacional. Quero essa cobrança até subirmos”, destacou o atleta.

WASHINGTON E A CHAMPIONS LEAGUE

Quando perguntado sobre onde o Brasil e os jogadores poderiam chegar, Washington descontraiu. “Por mim, a gente chegaria até a Champions League”. Depois, recuperando a tradicional modéstia que ronda o plantel rubro-negro, o jogador falou que sonhava disputar uma Champions até os 20 anos de idade. Sem essa pretensão atualmente, o jogador elogiou o Bayern de Schweinsteiger e fez uma breve análise sobre a competição europeia. “O Bayern é o favorito ao título deste ano, pelo trabalho de continuidade. E tem o Schweinsteiger, que é um fenômeno”, finalizou o volante xavante.

Sem Champions League, mas com a primeira Série C de Brasileirão pela frente, Washington é um dos muitos remanescentes da campanha vitoriosa na Série D e nos gauchões 2014 e 2015. Com os reforços que somam – Teco, Leandro Camilo e Leandrão, até agora – e a manutenção do time titular – apenas Rafael Forster saiu -, o  Xavante parte para uma nova etapa de ascensão nacional.