Dentro de uma semana, Brasil e Fortaleza iniciam a série de dois jogos pelas quartas de final do Brasileirão Série C. Melhor campanha do grupo A, o time cearense se destaca pela regularidade. Marcelo Chamusca, o comandante, arma a equipe no esquema 4-4-1-1 e jamais negou sua obsessão por colocar o Leão do Pici na Série B.
A imagem acima mostra a organização inicial do Fortaleza. Chamusca desenha a equipe em um 4-4-1-1, com defesa e meio campo em duas linhas de quatro bem definidas. A frente, Maranhão atua livre e Lúcio fica mais fixo, como centroavante. Os laterais – Tinga e Thallyson – têm total liberdade para apoio, formando duplas com os meias de lado – Daniel Sobralense e Éverton. É um ataque bastante móvel. Jogadas pelos lados do campo, em velocidade, são um dos pontos fortes dos cearenses. Detalhe para os cruzamentos, que normalmente são rasteiros. Pelo alto, Corrêa tem uma bola parada muito boa.
Ao lado do Londrina, o Fortaleza teve a segunda melhor defesa da primeira fase, com 14 gols sofridos. Apenas o Vila Nova, que levou 13 gols, foi melhor. De acordo com as informações da imprensa cearense, Marcelo Chamusca exige de seus jogadores muita compactação. No frame acima – partida contra o ASA – podemos observar a forma como o Tricolor de Aço e se organiza defensivamente. Linhas de defesa e meio de campo muito próximas, de recomposição rápida, diminuindo os espaços dos adversários para troca de passes. Apesar da velocidade na recomposição defensiva, o setor deixa espaços, como se percebe na imagem abaixo.
Como o Brasil pode aproveitar?
O detalhe acima é da partida diante do América de Natal-RN, na Arena das Dunas. Observa-se que Cascata – número 110 da equipe potiguar – movimenta-se e encontra espaço entre as linhas de defesa e meio campo do Fortaleza. Esta é uma zona de ação que Diogo Oliveira, o camisa 10 Xavante, pode aproveitar.
Outra zona a ser explorada é o lado direito de defesa da equipe cearense. Cléverson demonstrou nos últimos jogos estar adaptado a função de substituto de Alex Amado, principalmente pela bela jogada e passe para o gol de Diogo Oliveira diante do Tupi, na última rodada. No detalhe da imagem, mesmo que a bola esteja do outro lado do campo, o lateral direito Tinga e o meia direita Daniel Sobralense dão espaço para que o meia-esquerda do América-RN transite livre. Este é o setor que atua Cléverson, que pode, assim, infiltrar-se na defesa adversária e levar perigo.