[ESPECIAL] Como chega o Paraná, adversário xavante na estreia da Série B

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Renovação. Essa é a palavra de ordem no rival do Brasil na rodada de abertura da tão esperada segunda divisão nacional. Após anos marcados por salários atrasados e campanhas medíocres na Série B e no estadual (com direito à rebaixamento regional em 2011), o Paraná Clube faz um 2016 diferente.

Atual presidente, Luiz Carlos Casagrande assumiu em março de 2015, momento então conturbado nos bastidores. Desde lá, a política do clube mudou. Por obrigação, gastos foram cortados. Mesmo assim, a Gralha se safou do descenso na Série B ao terminar a competição no 13º lugar. Na temporada que ainda transcorre, o valor investido é menor, mas os resultados são satisfatórios. Nesta matéria, você confere como chega o Tricolor de Curitiba, adversário xavante no primeiro dos 38 compromissos válidos pelo Campeonato Brasileiro.

SOB DESCONFIANÇA INICIAL, BONS RESULTADOS

Quando o Paraná se apresentou para a temporada, somente 21 nomes compunham o plantel, que passava a ser dirigido por Claudinei Oliveira. A quantidade baixa de atletas somada à ausência de reforços impactantes gerava desconfiança. No começo do Campeonato Paranense, porém, excelente aproveitamento: cinco jogos, cinco vitórias. Mesmo sem nenhum triunfo nos últimos quatro duelos da primeira fase, o Tricolor se classificou como líder geral.

Nas quartas de final, vitória diante do Foz do Iguaçu fora de casa e derrota na Vila Capanema. Pelo saldo, avanço tranquilo às semis. Contra o Atlético-PR, a eliminação veio apenas nos pênaltis. Assim, o estadual serviu de demonstração de que a equipe pode alçar voos mais altos a nível nacional.

Pela Copa do Brasil, depois de empate com o Estaciano, no Sergipe, uma vitória por 2 a 0 em Curitiba carimbou a vaga na segunda etapa. Na última quarta (11), o Paraná bateu a Chapecoense por 2 a 1, de virada, na Vila Capanema. O confronto de volta se dá na próxima semana, em Santa Catarina.

DESTAQUES

Até agora, em 2016, o Paraná Clube anotou 27 gols. Nove deles foram feitos por Lúcio Flávio, 29 anos. O centroavante é peça-chave no sistema ofensivo do time e retornou de lesão no joelho durante o segundo tempo da vitória sobre a Chapecoense.

Lúcio Flávio (Foto: Jonathan Campos)
Lúcio Flávio (Foto: Jonathan Campos)

Recentemente, no entanto, quem tem ganhado moral com a torcida tricolor é Nadson. O meia de 26 anos chegou ao Durival de Britto depois de boas exibições pelo Sampaio Corrêa. Na atual temporada, ele marcou quatro tentos, três deles fundamentais: um no segundo duelo da semifinal estadual contra o Atlético e outros dois na quarta (11), quando foi o responsável pelo triunfo frente o Verdão do Oeste.

Nadson (Foto: Divulgação/Site oficial do Paraná)
Nadson (Foto: Divulgação/Site oficial do Paraná)

Além dos citados, há outros bons valores na equipe paranista. O meia Válber, 34 anos, é um deles. Veterano, o jogador fez dois gols em 2016 e é dúvida para pegar o Brasil, visto que saiu sentindo a coxa direita no embate frente a Chape. Criado nas categorias de base do Cruzeiro, o volante Anderson Uchôa também se destaca quando atua ao lado do garoto Jean, 21 anos.

CONTRATAÇÕES

Após a saída do estadual, a direção do Paraná se mobilizou visando reforçar o grupo para a Série B. Diretamente do São Bento-SP, dono de boa campanha no Paulistão, vieram dois zagueiros: Pitty e João Paulo. Surpreendentemente, ambos tiveram a parceria mantida por Claudinei Oliveira logo na chegada. De quebra, colocaram os então titulares Alisson e Zé Roberto na fila de espera.

O ataque tricolor também conta com caras novas. Nesta quinta (12), o veloz Marcelinho e o experiente centroavante Robert estiveram juntos na apresentação ao clube. Eles aguardam a publicação dos nomes no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF para estarem disponíveis diante do Xavante.

Foto: Thiago Ribeiro/Globoesporte.com
Foto: Thiago Ribeiro/Globoesporte.com

MANEIRA DE JOGAR

Claudinei Oliveira distribui o Paraná no sistema tático mais utilizado no país: o 4-2-3-1. Ultimamente, peças têm sido alteradas, mas o desenho permanece. Por vezes, muda também a característica da equipe.

Contra a Chapecoense, por exemplo, o time começou a partida no desenho abaixo. É importante salientar que Robson costuma atuar pela esquerda na linha de três meias, enquanto Válber normalmente se coloca como meia central variando com Nadson.

Formatação inicial do Paraná contra a Chape (Foto: Reprodução/Tactical Pad)
Formatação inicial do Paraná contra a Chape (Foto: Reprodução/Tactical Pad)

Marcos; Diego Tavares, João Paulo, Pitty e Rafael Carioca; Jean [expulso], Anderson Uchôa, Nadson, Murilo (Lúcio Flávio) e Válber (Lucas Otávio, volante); Robson (Basso, zagueiro).

Contra o Brasil, a possibilidade de substituições é grande. Válber e Robson são dúvidas e Lúcio Flávio deve retomar a titularidade no comando do ataque.