O melhor cenário possível. Assim pode-se descrever a estreia do Brasil no Campeonato Brasileiro da Série B. Na tarde deste sábado (14), o Xavante venceu o Paraná Clube por 2 a 0, com gols de Felipe Garcia. Em um jogo onde, na maior parte do tempo, os comandados de Rogério Zimmermann foram melhores que os tricolores, os três pontos foram o resultado esperado para o Rubro-Negro.
Com o triunfo, o Brasil divide a liderança da competição com outros vencedores da jornada de abertura. O próximo desafio do Xavante será contra o Atlético Goianiense, na sexta (20). O Paraná joga em casa, no sábado (21) contra o Bahia.
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Gol cedo dita o ritmo da primeira etapa
Os primeiros momentos do Xavante entre os 40 melhores clubes do país não poderiam ser melhores. Logo aos seis minutos de jogo, Wender levantou a bola na área em escanteio. Marcos saiu e não achou a bola. A redonda encontrou a cabeça de Felipe Garcia. O camisa 7 desviou para o fundo das redes, decretando a abertura do placar no Bento Freitas: 1 a 0. Após o gol, a pressão inicial do Brasil deu lugar a uma cadência maior no embate, onde ambas equipes especulavam chegadas ofensivas.
O Paraná Clube tentava principalmente através de chutes de fora da área. Anderson Uchoa testou Martini e o camisa 1 rubro-negro segurou firme. O Brasil tinha seu escape principal em Diogo Oliveira. O maestro chegou ao fundo e cruzou. Ramon tomou a frente de Pitty e caiu na área. A torcida pediu pela penalidade, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
O arqueiro do Brasil foi novamente testado em chute de Nádson, que quicou no gramado antes de chegar aos braços de Martini. A situação paranista ficou ainda pior quando Rafael Carioca deixou o braço intencionalmente em Felipe Garcia e foi para o chuveiro mais cedo. O Xavante agora com um a mais tinha mais espaço para atacar.
Porém, quem assustou e chegou com perigo no finalzinho da primeira etapa foi o Tricolor. Após jogada envolvente de Lucas Otávio e Murilo Rangel, Diego Tavares chutou cruzado, e a bola passou próxima a meta Xavante. Fim de primeiro tempo, com liderança dos comandados de Rogério Zimmermann por 1 a 0.
Brasil administra e amplia o resultado
O objetivo do Paraná era claro quando soou o apito inicial da etapa final. Mesmo com um a menos, a equipe de Curitiba tentava propor o jogo. Lucas Otávio experimentou de fora da área, mas Eduardo Martini tranquilizou. O arqueiro do Brasil trabalhou mais logo após. Em escanteio cobrado por Nádson, o destaque do tricolor, Anderson Uchoa emendou de primeira para defesa espetacular do dono da meta do Brasil.
O Brasil tentava finalmente beneficiar-se do homem a mais no gramado. Em um contra-ataque, Diogo Oliveira experimentou de longe e a bola passou por cima do gol. Novamente o Tricolor chegava perigosamente. Murilo Rangel serviu Diego Tavares, que deixou Nádson sozinho na marca do pênalti. O camisa 8 do Paraná, porém, isolou a melhor chance do segundo tempo até então.
Mas quem não faz, leva, a velha máxima do futebol. Diogo Oliveira limpou a marcação e cruzou. Felipe Garcia pegou bem em um sem pulo bonito, e aumentou a vantagem dos rubro-negros. O gol inflou os xavantes, e o tempo também era outro aniversário dos paranistas, além da desvantagem numérica. O Brasil agora começava a envolver completamente os adversários. Washington fez boa jogada e lançou Nathan. O Cachorrão levantou para Diogo Oliveira, que pegou de primeira, para boa defesa de Marcos.
Os últimos minutos foram de cadência rubro-negra e completa rendição dos paranaenses. Final, 2 a 0 Brasil.
FICHA TÉCNICA
Brasil: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Cirilo e Marlon (Brock); Leandro Leite e Washington; Felipe Garcia, Diogo Oliveira e Ramon (Nathan); Marcos Paraná. Técnico: Rogério Zimmermann.
Paraná: Marcos; Diego Tavares, João Paulo, Pitty e Rafael Carioca; Jean; Murilo, Lucas Otávio (Marcelinho), Anderson Uchoa e Nadson; Lúcio Flávio (Robert). Técnico: Claudinei Oliveira.
Cartões amarelos: Ramon, Wender e Leandro Leite (BRA); João Paulo (PAR).
Cartão vermelho: Rafael Carioca (PAR).
Arbitragem: Marcos Mateus Pereira (MS), auxiliado por Leandro dos Santos Ruberdo (MS) e Fabio Rodrigues Rubinho (MT).