Não é segredo para ninguém que as chances de o Pelotas conquistar a única vaga na elite do futebol gaúcho de 2017 são remotas. O Lobo precisa vencer as duas partidas que restam (contra Brasil de Farroupilha e União Frederiquense) e torcer para que o Caxias some no máximo um ponto diante dos mesmos adversários. Na tarde desta segunda (3), quem concedeu entrevista coletiva na Avenida foi um sujeito experiente quando o assunto é esse: Tiago Duarte.
”Acho que o resultado de ontem (Brasil 0x0 União) não muda muito nossa situação, mas claro que ainda temos que acreditar nos deuses do futebol porque acontece de tudo. Sabemos que o Caxias pode garantir o acesso no meio de semana mas pode deixar em aberto ainda. Precisamos trabalhar forte para tentar conquistar os três pontos em Farroupilha e definir as coisas na última rodada”, disse o atacante, ciente do panorama desfavorável.
Citando os exemplos do Inter-SM em 2007 – que venceu os últimos três compromissos e teve sorte nos confrontos paralelos – e o do próprio Áureo-Cerúleo no quadrangular semifinal de 2009, Tiago comentou sobre a obrigação de contar com outros resultados: ”Depender dos outros sempre é difícil. Tivemos a chance de ficar numa situação boa, vencemos na estreia… os duelos em casa nos complicaram”.
Rival do Caxias nesta quarta (6), o União soma apenas três pontos, um a menos que o Pelotas. O atleta azul e ouro refutou qualquer possibilidade de facilidade enfrentada pelo Grená: ”Não digo que eles estejam desistindo, mas estão em uma situação ainda pior que a nossa. Acredito que os profissionais de lá farão o melhor nessa partida e o Caxias vai entrar pra decidir a parada em Frederico Westphalen. Contamos com a ajuda do União para nos deixar vivos. Depois, na última rodada tem pressão para decidir e o Caxias pode se complicar no clássico contra o Brasil. Precisamos nos apegar a isso, é o que sobrou… por incompetência nossa”.
A respeito da derrota sofrida para o time da Serra na Boca, Duarte disse: ”Ficamos sem acreditar, porque depois de 40 minutos atacando tomamos um gol daquela forma… mas são coisas do futebol. Esperamos que outros acontecimentos nos ajudem a se manter bem na competição”.
Com um homem a mais em campo durante boa parte do segundo tempo, os comandados de Luís Carlos Winck não conseguiram converter a pressão em gols. ”Acho que fizemos o correto: rodamos a bola, buscamos entrar pelos lados. A bola passou na frente da área umas seis, sete vezes, tivemos oito, dez finalizações e ela não entrou. Faltou um pouco de sorte, de calma… quando o gol não sai ficamos ansiosos. Mas acho que tentamos do jeito certo. Futebol é assim”, analisou.
‘‘O trabalho foi bem realizado, a chegada do Winck agregou muita qualidade porque ele nos deu um bom padrão de jogo. Antes do quadrangular, vínhamos numa grande série sem perder, estreamos triunfando fora… não foi por falta de trabalho que caímos”, finalizou Tiago.