Opinião: A recuperação do Juventude

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JuventudeInegavelmente, o Juventude entrou numa crise técnica após a derrota para a Portuguesa, na 5ª rodada do Campeonato Brasileiro da série C. Mas de lá pra cá, decorrido quase um mês, muita coisa mudou. O verdão negociou Maílson, deu um puxão de orelha em Wallacer, mudou o sistema de jogo, a atitude, e lógico, o resultado disso começou a aparecer. Nos últimos três jogos, o Juventude conquistou 7 pontos – quatro buscados fora de casa – e transformou o que era jejum, em invencibilidade. O que espero, sinceramente, é que o que está bom seja mantido. Os números de Vacaria (leia aqui) são absolutos, e comprovam que com ele de titular o time não perde. O treinador tem todo o direito de preferir outro estilo de volante, mas terá de encontrar alguém tão, ou mais, eficiente que Vacaria para mexer na escalação. Caso contrário, quem sai prejudicado é o time. Wallacer, é outro caso de jogador que não pode ficar fora do time, ele tecnicamente é acima da média do grupo, quando joga deixa o esmeraldino mais ofensivo e segue sendo o campeão de assistências, além de marcar os seus golzinhos (inclusive de placa, como diante do Macaé). Roberson é outro acima da média, uma afirmação, o jogador mais regular do time, cresceu muito tendo Hugo ao seu lado, tem sido decisivo, hoje é o melhor jogador do Juventude. Felipe Lima é outro que cresceu muito, mudou da água para o vinho do Gauchão pra cá, virou titular absoluto. Aos poucos o time foi se ajustando, sob comando de Antônio Carlos Zago, e agora, mais uma vez podemos dizer que é candidato à classificar. Aliás, o Juventude estava frustrando esta expectativa, com a arrancada irregular, mas agora está entrando definitivamente nos eixos, mostrando a força e a qualidade que lhe fizeram vice-campeão gaúcho.

DECISÃO PARA O CAXIAS

CaxiasA partir deste momento, o Caxias só tem decisão pela frente no Campeonato Brasileiro da série D. Domingo precisa vencer o Metropolitano e torcer para que o Maringá não derrote o Ituano, parada complicada, mas não impossível. O time paulista é o melhor do grupo, sendo assim, não será surpresa que ele segure o instável time paranaense. O grená do povo pega um adversário, que está virtualmente eliminado e que já jogou a toalha, que já projeta 2017, isto é, o Caxias precisa mostrar sua qualidade e vencer, mesmo longe de casa. Dizem que o “SE” é uma partícula inútil da língua portuguesa, já que não podemos saber o que de fato aconteceria, se tivéssemos feito escolhas diferentes. Mas em outras situações, nesta coluna, me mostrei preocupado com a estratégia de poupar jogadores na competição nacional. Caso tivesse escalado sempre força máxima, não teria a garantia da vitória, mas com certeza aumentaria suas possibilidades. Agora é seguir lutando, e torcendo para os resultados paralelos ajudem – ainda tem que ficar entre os 15 melhores segundos colocados. Caso dê tudo certo, o Caxias continuará tendo muitas decisões pela frente, mas com certeza o clube grená sairá muito fortalecido, para seguir lutando pelo retorno à série C.

 

BOM FINAL DE SEMANA!