Brasil sai atrás do Vila Nova, se recupera e busca o empate

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Poderia ter sido melhor. Mas também poderia ter sido pior. No retorno ao Bento Freitas, o Brasil saiu perdendo por 2 a 0 para o Vila Nova, que marcou com Reginaldo e Robston, mas arrancou o empate com dois gols do artilheiro Felipe Garcia. O jogo, disputado na tarde deste sábado (16) foi válido pela 16º rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Combinado aos resultados paralelos, o Xavante permanece na oitava colocação, agora com 23 pontos somados. O Rubro-Negro volta a atuar na próxima terça-feira (19), quando enfrenta o Oeste na Arena Barueri. O confronto tem início às 19h15. O Tigrão por sua vez, sobe para o 11º lugar, com 21 pontos. No sábado (23), os goianos recebem o Ceará no Serra Dourada.

Foto: Jessé Krüger/Rede Esportiva
Foto: Jessé Krüger/Rede Esportiva

Vila Nova marca duas vezes e Xavante desconta

Com a lesão de Marcos Paraná, o técnico Rogério Zimmermann escolheu Elias como substituto. A mudança implicou na mudança de posicionamento de Ramon, que atuou como referência no ataque, enquanto o ex-jogador do Aimoré teve como habitat a ponta esquerda. E foi exatamente dos pés dele que saiu a primeira oportunidade da tarde. Antes do primeiro minuto se completar, Elias completou o passe de Ramon e chutou cruzado pra fora.

O Vila Nova respondeu com Waguinho, que avançou pela esquerda e cruzou na direção da segunda trave. Em ação providencial, Leandro Leite esticou o pé e cedeu o escanteio. Pouco mais tarde, Reginaldo arrancou do campo de defesa, aproveitou o espaço concedido pela marcação rubro-negra e arriscou do meio da rua. A bola desviou no meio do caminho e saiu pela linha de fundo.

Marcado individualmente por Robston, Diogo Oliveira emplacou três boas oportunidades de inaugurar o marcador. Na primeira, ele ficou com a sobra da cobrança lateral e arrematou sobre a meta. Aos 22, depois da falta sofrida por Elias, o meio-campista bateu colocado, mas exagerou na força novamente. Por fim, a chance mais clara da etapa inicial: Ramon recebeu pela esquerda e serviu o camisa 10, que hesitou no momento da conclusão e permitiu a recuperação de Robson. O defensor, porém, desviou contra o próprio patrimônio. Sorte dele que Guilherme Teixeira evitou que a redonda cruzasse a linha do gol.

O panorama era amplamente favorável ao Xavante, que marcava presença contundente no território de ataque e rondava a área rival. Mas foram os goianos que saíram na frente. Quando o cronômetro marcava 26 minutos, Jean Carlos cruzou na segunda trave e achou Fabinho, que não desperdiçou a liberdade dada pelos rubro-negros e escorou para o meio da área. No interior da pequena área, Reginaldo completou para o fundo do barbante. O Brasil deu mostras que não se abateu com o tento e chegou na jogada seguinte, mas a fraca finalização de Elias não assustou o goleiro Edson.

Diferentemente do Rubro-Negro, que pecou na pontaria, o Vila Nova se caracterizou pela eficiência. Na segunda chegada da equipe de Guilherme Alves, Fabinho buscou o fundo do gramado e atrasou para Rafinha, que logo serviu Robson. Com muita liberdade, o meio-campista concluiu de primeira e acertou o canto inferior de Martini, que sequer demonstrou reação.

Mas os comandados de Rogério Zimmermann não se abateram. Aos 40 minutos, Elias, de muita movimentação na etapa inicial, percebeu a movimentação de Ramon pela direita e o acionou. O centroavante cruzou na medida para Felipe Garcia, que cabeceou firme para as redes e descontou. A desvantagem, aliás, quase foi pro espaço no minuto subsequente. Em jogada magistral, Diogo Oliveira se livrou de dois marcadores em um curto espaço e soltou o pé. Caprichosamente, a pelota explodiu no travessão e se ofereceu para Elias, que foi flagrado em impedimento. O camisa 10 ainda esbarrou na boa intervenção de Edson depois do chute colocado no canto. Na última chance vermelha e preta, o arqueiro ainda segurou firme o arremate de Washington.

Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil
Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

Felipe Garcia empata no início

O cenário do segundo tempo não poderia começar melhor para o Brasil. Depois de uma sequência de escanteios, Leandro Leite levantou na área e Felipe Garcia desviou. Sozinho, Teco soltou uma bomba, defendida parcialmente por Edson. Garcia acompanhou o desenvolvimento da jogada e foi presenteado com o rebote do arqueiro, que, no chão, nada pôde fazer para evitar o gol do artilheiro rubro-negro: 2 a 2.

A situação ficou ainda mais favorável ao Xavante com a expulsão de Victor Bolt. Aos 5 minutos, o árbitro da partida interpretou que o volante acertou o braço no rosto de Felipe Garcia na intermediária de ataque dos visitantes e mostrou o segundo cartão amarelo para o jogador. Com um a menos, o técnico Guilherme Alves aboliu o sistema de três zagueiros e se defendeu com duas linhas de quatro.

Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil
Foto: Carlos Insaurriaga/G.E. Brasil

Diante desse contexto, o Vila Nova abdicou de atacar e dedicou-se à defesa. Em contrapartida, o Rubro-Negro se lançou ao ataque. Aos 13 minutos, Elias descolou grande assistência para Felipe Garcia, que, de frenta para a meta, foi solidário e serviu Ramon. O centroavante, contudo, não aproveitou o presente e chutou em cima Edson. A finalização foi o último ato de Ramon, que logo foi substituído por Nena. A mudança não resultou em nenhuma alteração no desenho tático da equipe, que, por outro lado, perdeu em termos de mobilidade.

A superioridade numérica durou pouco. Aos 16, Teco fez falta forte em Maguinho que tentava reter a bola na intermediária de ataque e foi advertido com o segundo amarelo. Dessa forma, Washington foi deslocado para a zaga ao lado de Leandro Camilo. Pouco mais tarde, Maguinho tentou surpreender Martini em chute de longa distância, mas o arqueiro agarrou com segurança. A resposta veio com Weldinho, que, depois do erro no domínio de Nena, chutou no cantou e parou na defesa de Edson.

Zimmermann ainda promoveu as entradas de Clebson e Nem, que ocuparam as vagas de Elias e Diogo Oliveira. Com a expulsão de Teco, a equipe até manteve a posse além da linha divisória do campo, mas arrefeceu o ímpeto em relação ao primeiro tempo e ao princípio da etapa final. Diante das circunstâncias, o Colorado se mostrou satisfeito com o resultado e tentou prender a bola próxima à bandeira de escanteio. Com as duas equipes sem um atleta, o placar se manteve em 2 a 2. Um ponto para cada lado.

FICHA TÉCNICA

Brasil: Martini; Weldinho, Leandro Camilo, Teco e Marlon; Leandro Leite e Washington; Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Nem) e Elias (Clebson); Ramon (Nena). Técnico: Rogério Zimmermann.

Vila Nova: Edson; Guilherme Teixeira, Reniê e Reginaldo; Maguinho (Joãozinho), Robston, Victor Bolt, Rafinha (Vitor Rossini), Jean Carlos e Marcelo Cordeiro; Fabinho. Técnico: Guilherme Alves.

Cartões amarelos: Guilherme Teixeira, Edson, Maguinho e Robston (VIL); Marlon e Leandro Camilo (BRA).

Cartões vermelhos: Victor Bolt (VIL) e Teco (BRA).

Arbitragem: Philip Georg Bennett (RJ), auxiliado por Daniel Cotrim de Carvalho (PR) e Diogo Morais (PR).

OUTROS JOGOS DESTE SÁBADO PELA 16ª RODADA DA SÉRIE B

16h – Ceará 1×0 Criciúma
16h30 – Goiás 3×2 Náutico

18h30 – Luverdense 1×1 Vasco

21h – Bragantino 2×0 Joinville