Na Arena Barueri, Brasil empata com Oeste

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Foi um jogo diferente. O Brasil encontrou um adversário distinto na noite desta terça-feira (19) na Arena Barueri, pela 17ª rodada da Série B do Brasileirão. Dirigido por Fernando Diniz, o Oeste preza pelos passes curtos desde trás e intensa movimentação do meio para frente. A equipe paulista saiu na frente com gol de Marcus Vinicíus, mas Ramon igualou a favor do time de Rogério Zimmermann: 1 a 1.

O resultado deixa o Xavante na sétima posição do campeonato, com 24 pontos ganhos. Até o fechamento da atual jornada, pode cair quatro colocações. Na próxima rodada, volta a atuar fora de casa. O rival da vez será o vice-líder CRB, às 19h15 da outra sexta (29), no estádio Rei Pelé em Maceió. Enquanto isso, o Rubrão de Itápolis está no 13º lugar com 21 pontos e volta a campo no sábado (30), contra o Joinville em Santa Catarina.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Brasil sofre no começo mas consegue equilibrar

Os titulares do Brasil não surpreenderam. Rogério Zimmermann promoveu o retorno de Cirilo na vaga do suspenso Teco. Além disso, escalou Nem novamente entre os 11 e deu chance a Clébson na vaga de Diogo Oliveira. A camisa 10, inclusive, foi vestida por Ramon. Diante de uma equipe que apresenta uma dinâmica completamente distinta dos outros adversários, o Xavante encontrou dificuldades no começo.

Logo no primeiro minuto, Mazinho acionou Léo Arthur na área. De costas para o gol, o atacante protegeu contra Cirilo e rolou para infiltração de Renan Mota. O chute do meio-campista do Oeste tirou tinta da trave direita de Eduardo Martini. A blitz prosseguiu com os mesmos protagonistas. Aos três, Mazinho lançou Léo Arthur e o camisa 9 só não marcou porque Weldinho chegou bem na marcação. Na cobrança de escanteio ensaiada, a dupla voltou a aparecer. Desta vez, a conclusão voltou a passar perto do poste xavante.

Após sair do sufoco inicial, o Rubro-Negro da Baixada chegou pela primeira vez através de cabeçada dada por Cirilo para fora. A partir daí, os mandantes voltaram a tomar as rédeas da partida. Com enorme porcentagem de posse de bola, o time de Fernando Diniz envolveu a defesa xavante em diversos momentos se valendo da amplitude dos pontas e da veloz troca de passes pelo centro. Aos 14 minutos, um lance incrível. Léo Arthur invadiu a área e bateu, exigindo defesa de Martini. No rebote, Marcus Vinícius cabeceou, a redonda parou em Marlon e seguiu para o jogador do Oeste. À queima-roupa, o atacante soltou uma bomba e Martini operou um milagre.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

O Rubrão seguia insistindo do mesmo jeito. Os encaixes individuais propostos por Zimmermann não davam conta do móvel sistema ofensivo rival. Aos 23, o volume acabou traduzido em gol. Betinho tirou Marlon para dançar e cruzou da direita. Marcus Vinícius apareceu nas costas de Cirilo e desviou de cabeça para as redes: 1 a 0. A sorte xavante foi que, no lance seguinte, veio uma resposta à altura. Ramon tabelou com Felipe Garcia, ganhou de Bruno Silva na velocidade e arrematou de perna esquerda, por baixo de Felipe Alves. Mansamente, a bola morreu no fundo do barbante: 1 a 1.

Quando o marcador foi movimentado dos dois lados, o panorama do confronto mudou um pouco. O Oeste se viu forçado a realizar muitos cruzamentos vindos das pontas e o miolo defensivo do Brasil levou a melhor em todos. A direita parecia ser o caminho das pedras para os paulistas, com associações entre Betinho, Marquinho e Matheus Vargas. Foi do lado oposto, porém, que veio chute de Felipe Rodrigues. O quique da pelota complicou a vida de Martini, que defendeu em dois tempos.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Também de longe, Marquinho e Renan Mota tentaram e erraram o alvo. No fim, o Xavante poderia ter virado a partida quando Ramon desarmou Betinho na cara do gol e rolou para trás. Clébson chegou batendo mas isolou e desperdiçou grande oportunidade.

Xavante acerta sistema defensivo e placar se mantém

No vestiário, Rogério Zimmermann conseguiu resolver os problemas defensivos apresentados pelos seus comandados na etapa inicial. O Xavante se adaptou ao adversário e voltou configurado em um 4-3-3, com Clébson, Felipe Garcia e Ramon na frente, fechando as linhas de passe dos zagueiros do Oeste.

A primeira finalização da segunda metade saiu dos pés do vice-artilheiro da Série B. Garcia recebeu lançamento em profundidade pelo meio e concluiu de esquerda, à direita de Felipe Alves. Na sequência, Leandro Leite foi o primeiro a ser advertido com cartão amarelo no jogo ao cometer falta sobre Renan Mota próximo da área mandante. Na cobrança, Danielzinho carimbou a barreira.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

Aos sete minutos, o Brasil teve a chance mais clara de virar. Felipe Garcia achou Ramon na esquerda, com liberdade. Na área, o autor do tento de empate cortou Betinho, ajeitou para o pé direito e chutou muito forte. De maneira estranha, o goleiro do Rubrão virou a cara e defendeu com o ombro! O lance resultou em escanteio não aproveitado pelo Rubro-Negro pelotense e, no contragolpe rival, Washington fez falta, recebeu amarelo e virou desfalque para a partida contra o CRB.

Evidentemente, a mexida feita por Zimmermann neutralizou os pontos fortes da equipe de Fernando Diniz. Sem opções para dar prosseguimento às tramas de ataque, os jogadores abusaram de passes precipitados. Enquanto isso, o Xavante apostava nas bolas longas. Em uma delas, Felipe Garcia foi lançado, dividiu com o xará Alves e caiu, apesar de nada ter sido assinalado. Aos 25 minutos, Clébson cruzou rasteiro para Ramon e o camisa 10 desviou, parando somente no goleiro do Oeste. No entanto, o lance já estava parado pelo auxiliar.

Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil
Foto: Jonathan Silva/G.E. Brasil

O panorama do embate se encaminhava para uma igualdade quando os técnicos, de pensamentos tão opostos, mexeram quase instantaneamente. Diniz trocou Renan Mota por Wellington e Zimmermann sacou Clébson dando espaço a Elias, mantendo o esquema tático. Depois, Felipe Rodrigues saiu e Francis entrou no Oeste. No Brasil, Nathan ingressou e Ramon deixou o gramado.

No primeiro toque na bola, o atacante xavante desperdiçou oportunidade de ouro. Leandro Camilo desviou de cabeça para o meio da área e Cachorrão saiu frente a frente com Felipe Alves, mas mandou mal demais e acertou o lado externo da rede. Nada mais tirava o 1 a 1 do placar. Um ponto para cada lado.

ROGÉRIO ZIMMERMANN NA COLETIVA PÓS-JOGO (FONTE: RÁDIO PELOTENSE):

Foi um jogo tático. Eles foram melhores nos primeiros 15 minutos. Depois do gol, o time começou a melhorar e não permitir o toque de bola do adversário. Segundo tempo foi continuação disso e poderíamos ter matado o jogo. Passei 90 minutos com três jogadores na frente, em um esquema que só treinamos uma vez (ontem)”.

Estudamos bastante o Oeste. Sabíamos que não poderíamos recuar tanto. Quero ressaltar o trabalho do Leandro Leite e do Washington, se não tivéssemos volantes como eles, dificilmente conseguiríamos o ponto. Assim como o Vila Nova, mantivemos a distância do Oeste. Importante pontuar contra adversários diretos”.

FICHA TÉCNICA

Oeste: Felipe Alves; Betinho, Bruno Silva e Felipe Rodrigues (Francis); Danielzinho, Mazinho, Renan Mota (Wellington) e Marquinho; Matheus Vargas, Marcus Vinícius (Crysan) e Léo Arthur. Técnico: Fernando Diniz.

Brasil: Eduardo Martini; Weldinho, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Clébson (Elias) e Nem; Ramon (Nathan). Técnico: Rogério Zimmermann.

Cartões amarelos: Leandro Leite e Washington (BRA).

Arbitragem: João Batista de Arruda (RJ), auxiliado por Eduardo de Souza Couto (RJ) e Thiago Rosa de Oliveira (RJ).

OUTROS JOGOS DA 17ª RODADA DA SÉRIE B

19/07, terça

21h – Joinville 2×1 Goiás

22/07, sexta

19h15 – Criciúma x Paraná
21h30 – Náutico x Avaí

23/07, sábado

16h – Paysandu x CRB
16h – Vila Nova x Ceará
16h – Tupi x Atlético-GO

16h30 – Vasco x Bragantino

18h30 – Bahia x Luverdense

21h – Londrina x Sampaio Corrêa