Brasil busca empate contra o Tupi, mas fica a um ponto do G-4

Autor(a):

No final da tarde e início da noite deste sábado (24), o Brasil empatou em 1 a 1 com o Tupi, em jogo da 27º rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora, Luiz Paulo abriu o placar para os mandantes, mas Felipe Garcia entrou em ação e deixou tudo igual.

Com o resultado, o Xavante caiu para a quinta colocação, com 41 pontos ganhos. O time do técnico Rogério Zimmermann volta a campo na próxima terça-feira (27), quando edita confronto direto pelo G-4 contra o Ceará, a partir das 21h, no Bento Freitas. Os mineiros, por sua vez, se mantiveram no 18º lugar, com 26 pontos.

Tupi cria mais e abre o placar no fim do primeiro tempo

Com as baixas dos suspensos Leandro Leite e Diogo Oliveira, Zimmermann promoveu as entradas de Nem e Marcos Paraná na equipe titular. A disposição das peças, portanto, não se alterou. O esquema 4-2-3-1 foi mantido, com Nem editando a dupla de volantes ao lado de Washington e Paraná na faixa central da linha de meias.

Diante de uma fraca presença de público nas arquibancadas do Helênio de Freitas, o Tupi até deteve mais a posse de bola no início do jogo, mas sequer rondou a área vermelha e preta. O Brasil, por sua vez, elegeu o lado esquerdo de ataque como atalho para a meta mineira. Foi ali que, aos três minutos, Felipe Garcia foi lançado às costas de Henrique e cruzou para trás. A defesa, contudo, se recuperou a tempo de impedir que a pelota chegasse nos pés de Marcos Paraná. Pouco mais tarde, o camisa 10 encontrou boas condições de finalizar, mas viu seu chute cruzado ser espalmado por Rafael Santos.

Foi do mesmo corredor utilizado pelo Xavante que o Galo Carijó emplacou a primeira chegada perigosa da noite. Após o cruzamento de Henrique, Giancarlo e Cirilo se enroscaram na área e o centroavante pediu pênalti, mas não foi atendido pelo árbitro. Na sequência do lance, Octávio ajeitou para Hiroshi, que soltou o pé da entrada da área e mandou por cima. Quando o cronômetro apontava 15 minutos, Gabriel Santos aproveitou a cobrança de escanteio e cabeceou desviado pra fora.

Não foi à toa que os donos da casa recorreram no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para contar com Giancarlo. Referência no ataque, o centroavante, bastante acionado ao longo do primeiro tempo, escorou com o peito o levantamento de Henrique e deixou Hiroshi cara a cara com Martini, que esticou o braço e operou uma grande defesa. No rebote, Jonathan chutou com desvio pela linha de fundo.

Paraná foi o substituto de Diogo Oliveira (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)
Paraná foi o substituto de Diogo Oliveira (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

Dono de uma postura mais reativa, o Rubro-Negro não ignorou os espaços concedidos pelo Alvinegro. Aos 26, em rápido contra-ataque, Ramon disparou pela direita e tocou para o meio, mas exagerou na força e facilitou o trabalho de Rafael Santos, que ficou com a redonda enquanto Elias corria livre pelo meio. Os papéis se inverteram três minutos depois, quando o camisa 9 partiu pra cima da marcação e cruzou rasteiro. O centroavante foi travado pela zaga e concluiu sobre o arco. Sem um repertório amplo, os mineiros responderam logo na sequência. Giancarlo dominou no peito o cruzamento de Henrique e escorou para o meio. A bola parecia sob domínio vermelho e preto, mas Leandro Camilo afastou mal e deu uma assistência para Jonathan. Sorte do zagueiro que o rival não aceitou o presente e arrematou por cima.

Na marca de 36 minutos, não houve quem impedisse a abertura do placar. Em uma inversão de jogo, a bola saiu da direita e viajou até o lado oposto, nos pés de Luiz Paulo. O lateral rompeu com a série de cruzamentos ao cortar para o meio, superar a marcação de Felipe Garcia e acertar um chute certeiro no canto de Martini: 1 a 0.

O Brasil ainda se viu em boas condições de empatar, mas o cabeceio de Washington após a cobrança de escanteio tirou tinta da trave. Logo na sequência do lance, Zimmermann foi obrigado a mexer na equipe, já que Marlon acusou problema muscular e teve que ser substituído por Brock.

Brasil empata e desperdiça grande oportunidade no fim

As equipes voltaram do intervalo com as mesmas formações que encerraram o primeiro tempo. E o cenário do jogo também não se alterou, com o Xavante sem conseguir neutralizar as investidas adversárias pelo lado esquerdo de defesa. Foi por ali, aos 6, que Octávio fez boa jogada individual e cruzou na direção de Giancarlo. Atento no lance, Cirilo cedeu o escanteio. Mais tarde, Luiz Paulo tabelou com Jonathan e, com muito espaço, soltou uma bomba, espalmada por Martini.

O Brasil ensaiou uma mudança no panorama a partir da arrancada de Felipe Garcia, que roubou a bola de Luiz Paulo e só parou ao disparar um míssil que não teve a direção desejada. Na sequência, a jogada trabalhada de pé em pé parou nos pés de Weldinho, que ergueu a pelota na medida para Ramon. No interior da pequena área, o atacante não teve o tempo de bola ideal e cabeceou por cima.

Essa realidade, porém, teve vida curta. Os lances subsequentes foram de raras aparições rubro-negras no território de ataque, enquanto o Tupi reteve a bola além da linha divisória do gramado e correu poucos riscos. O Xavante voltou a emplacar um momento de perigo aos 22 minutos, quando Felipe Garcia puxou o contra-ataque e lançou Ramon às costas da defesa, mas Rafael Santos abandonou a meta e afastou. Nesse momento, o técnico Rogério Zimmermann promoveu a entrada de Jônatas Belusso na vaga de Elias. Com a alteração, Ramon passou a atuar como ponta pela esquerda. Belusso, por sua vez, foi a referência.

Elias deu lugar a Jônatas Belusso (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)
Elias deu lugar a Jônatas Belusso (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

Luiz Paulo, de falta, até tentou ampliar a vantagem, mas foi do lado oposto que a bola parada rendeu bons frutos. Aos 32 minutos, Brock cruzou na direção de Felipe Garcia, que cabeceou e esbarrou na defesa parcial de Rafael Santos. A pelota beijou a trave e se ofereceu para Jônatas Belusso, mas Garcia foi mais rápido e a empurrou para as redes antes do companheiro. Tudo igual em Juiz de Fora.

Após o tento, o Xavante foi pouco ameaçado e, de quebra, voltou a explorar os espaços cedidos pelo adversário. Aos 42, Belusso carregou pela direita e tentou servir Marcão, mas a redonda ficou sob o domínio de Ramon. Quase no bico da área, ele enquadrou o corpo e chutou colocado, direto pela linha de fundo. Restou ao desesperado Tupi recorrer às bolas erguidas na área vermelha e preta, o que não gerou nenhum resultado. Ofereceu, na verdade, uma ótima oportunidade para o Brasil. Belusso comandou o contra-ataque, invadiu a área, cortou a marcação e, desequilibrado, rolou para Marcão. O toque, no entanto, foi curto, e o meio-campista foi abafado na hora da conclusão nessa que foi a última jogada antes do apito final do árbitro.

Ficha técnica

Tupi: Rafael Santos; Henrique (Douglas), Gabriel Santos, Thiago Sales e Luiz Paulo; Marcos Serrato, Renan, Octávio (Yago) e Hiroshi (Recife); Giancarlo e Jonathan. Técnico: Ricardinho.

Brasil: Martini; Weldinho, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon (Brock); Nem e Washington; Felipe Garcia, Marcos Paraná (Marcão) e Elias (Jônatas Belusso); Ramon. Técnico: Rogério Zimmermann.

Arbitragem

Wagner do Nascimento Magalhães, auxiliado por Michael Correia e João Luiz Coelho de Albuquerque (trio carioca).

Cartões amarelos: Brock e Leandro Camilo (GEB).