OPINIÃO: Empate justo em tarde de muitos erros

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O resultado foi melhor para o Farroupilha, que conseguiu roubar pontos do Brasil, até então time com 100 % de aproveitamento na competição. Mesmo assim, ele não foi ruim para o rubro-negro, que teoricamente conquistou um empate fora de casa. A nota triste da tarde se dá em função da circunstância nas qual este empate se deu: com muitos erros das duas equipes e deficiências bem visíveis.

Kiki bem que tentou, mas ficou muito isolado

O jogo começou igual, com um domínio levemente superior do Farroupilha, que começou o confronto tentando jogar de igual para igual. Isto foi possível até um determinado momento, e neste período quem se destacou foi Kiki, que voltou ainda melhor do Paraná. O atacante recuava para ajudar na armação, mas a pontaria do seu time não estava boa. Depois dos 15 iniciais só deu Brasil, mas a pressão não resultou em gols graças à atuação do goleiro Diego, que fez quatro grandes defesas.

No segundo tempo, o jogo caiu tecnicamente. Os dois treinadores mexeram mal na equipe e contribuíram para a queda de rendimento dos seus times. No Brasil, Hélio demorou para ver que Cinval estava mal na partida. O esquema com três atacantes escolhido pelo técnico no segundo tempo não se mostrou efetivo, já que o rubro-negro não conseguiu superar a retranca montada por Bebeto Rosa. O comandante tricolor, por sinal, foi feliz na sua mudança tática, já que a equipe ficou mais estruturada defensivamente no sistema 3-5-2.

Jogo ficou feio no segundo tempo

O problema foram as substituições de Bebeto, que optou por três atacantes, com Tiago Boiadeiro improvisado no meio. O próprio Tiago, ainda como atacante, teve nos pés a melhor chance do jogo, mas chutou pra fora. Isto acontecera nos poucos minutos nos quais o atleta estivera na sua posição original. Depois, com a entrada do discreto Bruno Milar, Boiadeiro foi improvisado no meio, onde não teve sucesso.

Brasil e Farroupilha foi um jogo de muitos erros defensivos e ofensivos dos dois lados. No primeiro tempo, Aládio e Evandro “tentaram” entregar o jogo, mas Diego estava em tarde inspirada. No segundo, Adílson e Ronan protagonizaram cena bizonha, mas Tiago Boiadeiro também não acertou. Foi um jogo de muito mais erros do que acertos, que acabou com um resultado justo.

O saldo do clássico não é positivo: no Brasil, foram constatados os erros da dupla de zaga e a falta que um centroavante de área faz nesse time. No Farroupilha, o esforço é a tônica, o que não ajuda a evitar os erros defensivos em alguns momentos. Kiki jogou isolado em muitos momentos, sem ninguém para auxiliá-lo na criação. Seu companheiro de ataque pode ser Tiago Boiadeiro, quem sabe até Alfinete, mas não Manga, que, voltando de lesão, não mostrou bom futebol.

A boa notícia é que os dois times têm tempo para corrigir os erros. O Brasil está bem encaminhado e o Farroupilha, ao que tudo indica, caminha a passos largos para escapar do rebaixamento. Se existe hora certa para errar, a hora era esta, era hoje…

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