Opinião: Malabarismos da dupla CaJu para manter e contratar

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Encerrado o ano do futebol caxiense. Com a desclassificação do Caxias na Super Copa Gaúcha no último domingo, o planejamento e as ações são todas voltadas para 2017. Agora, o momento é de ver quem pode permanecer, tanto no Juventude quanto no Grená.

E essa observação deve ser feita nos sentidos financeiro e qualitativo. Entendo que, começando pelo Ju, alguns nomes são imprescindíveis para a próxima temporada. Claro, dentro do pensamento financeiro… Alguns como Vacaria, Neguete e Micael já renovaram. Mas ainda faltam os ditos principais nomes do time, como Roberson, Elias, Hugo e o técnico Antônio Carlos. Todos muito próximos de continuar no Jaconi para o novo ano. Ano cheio, em que o Gauchão inicia em 29 de janeiro e vai até 7 de maio e o Brasileiro B inicia em 13 de maio e vai até 25 de novembro. Fora a Copa do Brasil, de fevereiro até outubro, para quem chegar até a final. Diante disto, penso em manutenção de, ao menos, 60% do grupo alviverde.

Os que deveriam sair, dos que sei, já estão indo. Carlinhos, Sassá, Romarinho… Insuficientes para uma Série C, quanto mais para uma B. E que venham reforços em nível de B nacional. E isso o Juventude vai ter de fazer, por mais que aperte o cofre. Senão, vai ser bate e volta para a C, infelizmente. Para montar uma equipe competitiva, não dá pra ficar o tempo todo pechinchando valores salariais. Aquele meia que tu quer vale X, tu oferece Y, ele vai recusar… Porque logo aparecerá outro clube pagando Z e ele vai pra lá…

O mesmo, proporcionalmente, vale para o Caxias. A dificuldade financeira é latente. Já foi dito pelo vice de futebol, José Setti, de que o próximo ano vai ser penoso. A montagem de elenco tem de ser ainda mais criteriosa, se o Caxias não quiser retornas à Caravana da Miséria, que é a Divisão de Acesso. Jogadores como Pitol, Lacerda, Marlon, Tinga e Jajá vão ser importantes no Gauchão. E devem sim ficar, ainda possuem qualidade para uma disputa estadual da primeira.

Outros, nem tanto. Podem ficar, mas para grupo. Uns já foram dispensados; mais alguns também serão logo mais. Não têm qualidade pra jogar a Copinha…

Reforçar dentro de um caixa vazio é complicado. Criatividade do Setti e dos demais dirigentes vai ser importante para, ao menos, manter o Grená na primeira divisão. Só assim o técnico Luiz Carlos Winck poderá exercer bem suas atribuições. De nada adianta treinar e tentar colocar algo em prática se boa parte do time não tem condição pra isso.

Que tenha material humano. Senão, o trabalho dele no Gauchão não vai durar mais que cinco rodadas. E a culpa não será somente dele.