Foi com vitória que o Brasil se despediu do Bento Freitas na Série B do Campeonato Brasileiro de 2016. No final da tarde e início da noite deste sábado, Leandro Camilo marcou o gol que garantiu o triunfo rubro-negro sobre o CRB, em jogo da 37º rodada da segunda divisão nacional.
Assim, o Xavante soma 53 pontos e se mantém na 12º colocação. Na última rodada, o time do técnico Rogério Zimmermann visita o Avaí, no próximo sábado (26), às 17h30, na Ressacada. Os catarinenses já garantiram matematicamente o acesso para a Série A.
Chances dos dois lados, mas placar zerado
Zimmermann promoveu três alterações em relação ao time que empatou com o Oeste na última semana. Além dos retornos dos suspensos Leandro Camilo e Ramon nas vagas de Teco e Belusso, providenciou os ingressos de Nem e Nathan no onze inicial. Ainda se recuperando de lesão, Elias sequer figurou no banco de reservas, assim como Wender.
Praticamente sem chances de acesso em função da vitória parcial do Bahia sobre o Bragantino, o CRB emplacou o primeiro arremate da tarde. Na marca de quatro minutos, a falta era próxima ao círculo central do gramado, mas Neto Baiano arriscou e acabou mandando a bola nas arquibancadas do Bento Freitas. Entretanto, durou pouco a presença dos alagoanos no campo de ataque. No lance seguinte, Leandro Leite acionou Nathan, a pelota desviou na defesa e se ofereceu limpa para “Cachorrão”, que bateu em cima do goleiro Júlio César.
Um jogador de vermelho e preto voltou a se ver próximo do arqueiro aos 7, quando Ramon foi lançado na grande área e até driblou Júlio César, mas perdeu tempo e foi abafado. O Rubro-Negro trabalhava a redonda no território rival e traduzia a posse em chances de marcar. E foi exatamente diante desse contexto desfavorável que o Galo arquitetou a oportunidade mais clara até então: no bico da área, Bocão cruzou na direção da segunda trave, onde Neto Baiano estava posicionado. Livre de marcação, o centroavante cabeceou firme, mas Martini caiu no canto e operou um milagre.
O Brasil não encontrou a mesma facilidade em penetrar na área alvirrubra nos minutos seguintes. A solução encontrada por Marlon foi no chute de longa distância, que Júlio César defendeu em dois tempos. O CRB, por sua vez, já não corria tantos riscos como antes, e perdeu boa chance com Glaydson, que aproveitou o pivô feito por Neto Baiano e, do bico da área, parou na defesa de Martini.
Os minutos de poucos lances ofensivos foram quebrados por Marlon. Aos 35 minutos, o lateral recebeu belo lançamento de Diogo Oliveira e, no interior da área, cortou a marcação e concluiu, mas Júlio César espalmou e impediu a abertura do placar. Os visitantes voltaram assustar na bola parada: Marcos cobrou falta na segunda trave, a redonda passou por todo mundo e quase tomou a direção das redes rubro-negras. Na última tentativa do primeiro tempo, após uma confusão na área regatiana, Diogo Oliveira soltou o pé de longa distância e mandou pra fora.
Leandro Camilo abre o placar e é expulso na sequência
Os adversários voltaram para a etapa final com as mesmas formações. Além disso, o jogo reservou outra similaridade nos primeiros lances da segunda metade da disputa: ambas equipes voltaram dos vestiários apostando nos chutes de média e longa distância. O primeiro a tentar foi Weldinho, que errou o alvo. A resposta dos alagoanos veio de mais perto, da altura da meia lua, mas Neto Baiano também não teve sucesso. Por fim, aos 7, Ramon recebeu bom passe de Cirilo e concluiu pra longe da meta.
Aos 12, Zimmermann fez a primeira substituição, com a entrada de Papa no lugar de Nathan. Dessa forma, Ramon foi deslocado para a ponta esquerda, enquanto Papa atuou como centroavante. Com oito minutos em campo, ele teve a primeira participação mais efetiva, aproveitando a bola afastada pela defesa e encobrindo a meta. Pouco exigido no segundo tempo até então, Martini voltou a trabalhar aos 25, quando espalmou o chute cruzado de Neto Baiano.
Foi com certo sofrimento que o Xavante inaugurou o marcador. A cobrança de escanteio de Marlon na segunda trave encontrou Leandro Camilo, que levou a melhor contra a marcação e empurrou para o gol. O toque do zagueiro não foi forte, mas o suficiente para cruzar a linha do gol. A chance seguinte ao tento também foi vermelha e preta. Diogo Oliveira bateu na mesma região de onde Camilo abriu o placar e encontrou Papa, que cabeceou rente à trave.
Camilo, no entanto, teve pouco tempo em campo após deixar a sua marca. Aos 33, fez falta pelo lado esquerdo da defesa e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o Rubro-Negro com um a menos em campo. Rogério imediatamente chamou Teco, que substituiu Diogo Oliveira. Assim, o Brasil se postava num 4-4-1 sem a posse de bola, com Ramon e Belusso – que entrou no lugar de Felipe Garcia – abertos pelas pontas e Nem e Leandro Leite por dentro.
O CRB não aproveitou o curto período de superioridade numérica e pouco ameaçou alterar o placar. O mais próximo que chegou disso foi em arremate de Glaydson, que protagonizou mais um chute sem o endereço da meta. Nos lances derradeiros, aliás, foi o Brasil que penetrou na área rival com maior perigo. Marlon disparou pela esquerda e cruzou rasteiro com precisão, predicado que não caracterizou o domínio de Jônatas Belusso. No final, o CRB ainda explorou a bola aérea, mas não foi capaz de furar a defesa vermelha e preta.
Ficha técnica
Brasil: Martini; Weldinho,Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite e Nem; Felipe Garcia (Jônatas Belusso), Diogo Oliveira (Teco) e Nathan (Gustavo Papa); Ramon. Técnico: Rogério Zimmermann.
CRB: Júlio César; Marcos Martins, Flávio Boaventura, Adalberto e Diego; Audálio (Éder Loko); Bocão, Glaydson, Peri e Welinton Junior (Bruno Nascimento); Neto Baiano. Técnico: Mazola Júnior.
Arbitragem: Claudio Francisco Lima e Silva, auxiliado por Vaneide Vieira de Gois e Eric Nunes Costa. Trio sergipano.
Cartões amarelos: Leandro Leite, Felipe Garcia (GEB); Diego (CRB).
Cartões vermelhos: Leandro Camilo (dois amarelos).