Opinião: Os treinadores da dupla CAJU em situações bem diferentes

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PicEditorNem o maior entendedor de futebol pode prever qual será o futuro dos técnicos de Juventude e Caxias, nesta temporada. Mas lógico que com cinco rodadas do Campeonato Gaúcho, já podemos estabelecer uma analise do trabalho que ambos realizam até aqui, sem nenhuma preocupação de ser injusto. No caso do comandante grená – começo por ele, porque chegou antes – já podemos considerar que ele venceu a desconfiança. Desconfiança esta – ao contrário do que pensam alguns patrulheiros – não surgiu nesta temporada, mas sim em 2016 quando chegou. Winck pegou um trabalho pronto de Beto Campos, e logicamente enfrentou dificuldades em implementar a sua filosofia. E foi justamente esta dificuldade inicial que fez o comandante ser criticado por boa parte dos analistas e a maioria da torcida grená. As rodadas iniciais do Gauchão seriam fundamentais para que ele tivesse a aprovação do seu trabalho, isso levando em conta que teria adversários duros, o que dificultaria ainda mais a sua tarefa. Pois Luiz Carlos Winck conseguiu montar um grupo das características que gostaria, e como reflexo disso, estamos diante de um time que vem obtendo resultados positivos aliando boa atuação. O Caxias traz boas perspectivas e Winck – como já falei – definitivamente venceu a desconfiança.

No lado de Paulo Cesar Parente, as águas não estão tão tranqüilas, e não por acaso. O Juventude, embora tenha perdido jogadores tecnicamente importantes para 2017 – como Elias, Klaus e Roberson – manteve boa parte do elenco, 80% de quem está no grupo, foi quem por opção do clube acabou permanecendo. PC tinha a missão de dar continuidade ao trabalho feito ano passado, conseguindo achar soluções para as lacunas deixadas no time principal. O comandante embora indicado pelo seu antecessor, no entando, não está conseguindo isso até este momento. A única parte que se repete da temporada passada, é a que o Juventude conseguia bons resultados mesmo sem jogar bem – isso não aconteceu em toda a temporada, apenas em alguns momentos. O maior álibi do comandante jaconero é o excesso de lesões musculares – será apenas coincidência isso? – que lhe causam problemas sérios de escalação. O maior erro de PC até aqui, é não apresentar uma forma de jogo consistente, com sistema de jogo consolidado. Sem este sistema de atuar definido – e isso não se resume a escolher um esquema tático – o Juventude obteve alguns resultados positivos inexplicáveis, vencendo jogando mau, e outros fracassos rotundos autoexplicativos. É difícil de imaginar que a simples estréia de alguns reforços e o retorno de atletas lesionados, irão resolver os problemas apresentados até aqui. Paulo Cesar Parente conta que isso ocorra, pra reverter a expectativa que não é boa.

AQUELE ABRAÇO!