Mateus Claus desembarcou na Boca do Lobo há quase um ano, mas só agora está prestes a estrear com a camisa azul e ouro. Na última segunda-feira, chegou a iniciar o aquecimento quando o titular Rafael deu sinais, ainda no primeiro tempo, de que não suportaria jogar até o final da partida contra o Avenida. Mais do que contrariar as expectativas, permanecendo em campo até o apito final, o experiente goleiro foi peça fundamental na vitória por 2 a 1, defendendo o pênalti de Hyantony e fazendo pelo menos outras três três intervenções importantes.
Na quarta-feira, veio a confirmação: Rafael sofreu uma lesão muscular de grau 1 na coxa, o que deve o deixar de fora da próxima rodada. Assim, Mateus deve ser o dono da camisa 1 no próximo domingo, contra o Guarani de Venâncio Aires.
“O Rafael é um espelho pra gente aqui. Incentiva no treino, no jogo. Estou com ele. Minha expectativa é a melhor possível, estou preparado. Tenho a confiança de todos e estou muito feliz. Ver ele daquele jeito contra o Avenida foi uma motivação, uma força maior. Todos ficam mobilizados, é o espírito que estávamos procurando. O grupo está unido”, disse o arqueiro em entrevista coletiva na última quinta-feira.
Mateus foi contratado pelo Lobo em abril de 2016, pouco após a chegada do técnico Luís Carlos Winck, com quem trabalhou no Veranópolis. Na ocasião, o Áureo-Cerúleo contava com Rodrigo, Rafael, Bruno Hepp e Patrick para a posição e disputava a reta final da fase classificatória da Segunda Divisão. Dali até o final da competição, o goleiro não chegou a atuar em nenhuma partida, e figurou entre os reservas em três oportunidades.
Sobre suas características, Mateus classificou o posicionamento como o seu ponto forte. Questionado pelo Rede Esportiva sobre o jogo com a bola nos pés – fundamento cada vez mais exigido dos goleiros -, afirmou que trabalha a questão no dia a dia e que tem facilidade: “Procuro dar linha de passe, pedir a bola. É uma das minhas características”, avaliou.
Dentro dos conceitos de jogo que vêm sendo implantados por Marcelo Rospide, a primeira linha de defesa do Lobo muitas vezes trabalha muito próxima e até além do meio-campo. Isso implica numa mudança de posicionamento do goleiro, que frequentemente se posiciona mais adiantado para impedir que um eventual contra-ataque do adversário acabe em gol. Sobre essa questão, o arqueiro disse que vem sendo trabalhada desde a base, e que jogar assim não é novidade para ele. De acordo com Mateus, “conversando com os zagueiros e se organizando, tudo dá certo. É uma boa forma de jogar”.