A consistente vitória grená e atitudes deselegantes no pós jogo

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Meus amigos, o CaJu 281 foi Grená. O resultado de 1 a 0 para o Caxias, em gol marcado pelo Gilmar, mostrou fielmente o que foi a partida. Venceu o time que vibrou a cada lance vencido, entrava na disputa de bola com maior combatividade e que foi mais feliz nas conclusões a gol.

E isto que digo não desmerece o Juventude, que também foi competitivo, mas penou por não ter um finalizador de maior qualidade no jogo de ontem.

Ao longo da semana, muita coisa foi dita e postada em redes sociais, muitas delas em demérito ao Grená. Até uma faixa foi colocada em uma passarela na entrada de Caxias do Sul, citando a situação do Caxias de não ter divisão nacional neste 2017. E isso é maravilhoso, faz parte do grande jogo, em que os torcedores acabam por fazer a rivalidade aflorar, evidentemente que dentro dos limites da corneta. Mas também tem o outro lado.

A motivação dos jogadores do Caxias foi para a estratosfera, para provar a qualidade que possuem. Encarnaram o espírito da provação adversária e provaram dentro de campo com o resultado. Já o Juventude, embora não tenha feito mau jogo, acabou não tendo a mesma disposição do encontro com o Internacional, no domingo passado. O que o Verdão fez no último final de semana foi o que o Grená fez neste sábado.

O Ju criou chances, mas esbarrou na bem armada defesa do Caxias e na ineficiência de um de seus atacantes, o Caion. Taiberson e Caprini sempre criaram perigo nas suas investidas. Caion poderia jogar mais 90 minutos que nada atemoraria a zaga adversária. Fez muita falta o centroavante Tadeu, ao menos para atrapalhar os defensores grenás. O jogo teve vencedor merecido.

Um jogador que acreditava que poderia ser personagem da partida, pelo lado grená, acabou jogando muito pouco: Vagner. O único lance em que apareceu positivamente para seu time foi quando cavou a infantil expulsão de Ruan Renato, que caiu na pilha de cometer uma falta desnecessária no meia do Caxias. Já tinha amarelo e, corretamente, levou o cartão vermelho de Francisco Neto.

Ao final do jogo, Vagner pegou uma bandeira grená e a cravou no circulo central do Alfredo Jaconi. E esta atitude que é linda para o torcedor vencedor, para mim, não é coisa que jogador profissional faça. Vagner vem se destacando muito pelo que publica em seu Facebook, do que pela bola que vem jogando. Quer ganhar moral de torcedor, joga bem!

Não gosto de futebol politicamente correto, sem corneta ou engessamento de opiniões por parte de jogadores. Mas tem de ser inteligente para fazer isso, como próprio Vagner já foi em outros momentos. Não foi o caso desta vez, no meu pensamento.

Alem de tudo novamente Ruan Renato caiu na pilha, acompanhado de Caion, que foi “tirar as caras” com Vagner na saída do estádio. Ali, ocorreu uma confusão generalizada, empurrões, agressões verbais e até físicas, Brigada Militar intervindo, enfim… Uma fiasqueira que o CaJu não podia ter! Espero que acertem as diferenças, sem criar ainda mais caso e transportar isso para as torcidas.

Há possibilidade de mais dois jogos, dependendo da classificação de ambos no campeonato. Então, que os ânimos estejam em dia. No mais, o resultado deixou o Caxias matematicamente classificado à próxima fase. Acertou Luiz Carlos Winck em colocar Gian e Nícolas no time titular. Deu muito certo.

Vai agora ter o enfrentamento com o Brasil em Pelotas, na quinta-feira. E espero que Vagner seja destaque do jogo, apenas dele.

Do lado do Juventude, o Cruzeiro em Gravataí será o oponente. O que aconteceu neste CaJu, não pelo resultado, mas pelo desempenho, deve ser bem analisado por Gilmar Dal Pozzo. O time tem nova cara, mais organizado, mais disposto. Perdeu o clássico porque o Caxias foi mais incisivo ainda. Mas, acredito, neste próximo jogo haverá ainda mais empenho e dedicação.

E que seja encontrada uma solução melhor que Caion no time titular. Ele já teve uma mão cheia de chances no time, enquanto outros mal têm um jogo. E já se viu que não adianta.

Pra fechar, parabéns às torcidas, tanto de um quanto do outro clube. Show nas arquibancadas, sem nenhum estresse fora do Jaconi. Foram exemplo para alguns jogadores.