Após a demissão de Marcelo Rospide, confirmada na manhã desta sexta-feira, a direção áureo-cerúlea já trabalha para anunciar o substituto. No entanto, o presidente Luís Antônio de Melo Aleixo não tem pressa para anunciar o novo comandante. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta (24), Aleixo declarou que vai esperar pelo menos o fim da primeira fase do Campeonato Gaúcho, que se encerra na próxima quarta-feira(29).
Ainda na entrevista coletiva, o presidente não destacou nenhum perfil buscado para o novo treinador. No entanto, analisando o mercado do Rio Grande do Sul – e nome especulados no ano passado antes da contratação de Rospide -, a equipe do Rede Esportiva fez um levantamento sobre os nomes disponíveis para o Pelotas.
Alguns estão empregados em clubes que devem avançar à segunda fase do Gauchão e, por isso, são mais difíceis de serem alcançados. Outros nomes já receberam sondagens do clube ou agradam os conselheiros, como o caso de Guilherme Macuglia. Nomes como Paulo Porto e Carlos Moraes, ambos sem clube, não foram cogitados agora, mas são sempre uma possibilidade. Lembrando que nem todos os nomes estão sendo ou vão ser procurados pela diretoria do Lobão.
TÉCNICOS APONTADOS PELA EQUIPE DO REDE
Leocir Dall’Astra – Passo Fundo
Deve ser a ficha número 1. Era o nome preferido de Aleixo após a ida de Winck ao Caxias, mas estava apalavrado com o Treze da Paraíba. Deixou o time paraibano e no momento tenta salvar o Passo Fundo da queda no Gauchão. Deve ficar sem clube após o campeonato e, anteriormente, já tinha manifestado interesse em treinar o Pelotas. Para Marcelo Prestes, repórter da Rádio Universidade, Dall’Astra é o nome mais forte para assumir o Lobão.
Guilherme Macuglia – Ypiranga
Um dos nomes de fato especulados dentro do clube. Tem história dentro do Pelotas – campanha histórica em 2001, quando o Pelotas foi uma das melhores equipes do interior gaúcho. Assumiu o Ypiranga no Gauchão, mas ainda é incerta a permanência no clube para a disputa da Série C. Outra facilidade é a probabilidade de o time de Erechim não avançar à segunda fase do Gauchão. Segundo o repórter Marcelo Prestes, o nome de Macuglia agrada conselheiros antigos do Pelotas.
Carlos Moraes
Está sem clube. Fez grande campanha com o Glória na divisão de acesso em 2015, quando levou o clube ao quadrangular final, mas pediu para sair ao se desentender com a diretoria. Em 2016, também chegou ao quadrangular final com o Brasil de Farroupilha. Neste ano, no entanto, fez péssima campanha no Ypiranga e foi demitido sem nenhuma vitória. Chegou a ser cogitado no Rio Branco do Acre, mas a conversa não evoluiu. A exemplo de Dall’Astra, Moraes foi procurado pela direção do Pelotas antes da contratação de Rospide.
Ben-Hur Pereira – Cruzeiro Porto Alegre
Técnico de 52 anos, na temporada passada salvou o Cruzeiro do rebaixamento no Gauchão. No segundo semestre, assumiu o Novo Hamburgo na Série D, mas em seis jogos conseguiu apenas duas vitórias e a equipe não avançou de fase. Voltou ao Cruzeiro em 2017, onde faz boa campanha e deve avançar às quartas-de-final. É um técnico valorizado no interior gaúcho e dificilmente deve vir, principalmente pelo fato de o Cruzeiro estar praticamente com a vaga nas quartas do Gauchão assegurada.
Tiago Nunes – Veranópolis
Assumiu o Veranópolis para o Gauchão e vem fazendo uma campanha surpreendente. Ano passado, treinou o São Paulo de Rio Grande na Série D, mas a exemplo de Ben-Hur Pereira, não foi bem na competição. Também dependeria da eliminação do Veranópolis no Gauchão. A equipe da Serra deve avançar ao mata-mata.
Luís Carlos Winck – Caxias
Nome que agrada o presidente Luís Antônio de Melo Aleixo – ano passado o objetivo do mandatário áureo-cerúleo era manter Winck no cargo. Faz excelente campanha no Caxias. A equipe já está classificada para a segunda fase do Gauchão. Outro problema é a valorização do profissional. Winck ganhou destaque no mercado gaúcho após a grande campanha com a Lajeadense na Série D 2015, quando quase conseguiu o acesso à Série C.
Paulo Porto
Treinador cascudo, tem história no Lobão e interior gaúcho. Sempre que o Pelotas está sem clube, Paulo Porto é um nome forte a ser especulado. Técnico do último título do Áureo-Cerúleo, em 2014, Porto está sem clube. Foi demitido do Passo Fundo, após amargar a zona de rebaixamento no Gauchão deste ano. Na temporada passada, salvou a equipe do norte do estado da queda. O treinador conversou com o repórter da RU, Marcelo Prestes, e declarou não ter sido procurado pela diretoria.
Hélio Vieira
Pelotense, fez excelente trabalho no São Paulo de Rio Grande em 2015 e 2016. No ano passado, o Leão avançou às quartas de final do Gauchão sob seu comando. Na primeira fase, o maior destaque foi a vitória por 3 a 2 sobre o Grêmio. Hélio Vieira está sem clube.
Gilson Cabeção
Foi demitido no São Paulo de Rio Grande quase ao mesmo tempo em que Rospide perdia o cargo em Pelotas. Assumiu o comando técnico do Leão em setembro do ano passado. Fez 15 jogos, com 4 vitórias, 5 empates e 6 derrotas. Estava balançando no clube e o estopim foi a derrota para o Zequinha e a entrada na zona de rebaixamento. Não é um treinador de renome no estado e nem com trabalhos bem sucedidos recentemente. Por isso, dificilmente será procurado pela diretoria do clube.
Badico
Um dos maiores artilheiros do interior do estado, Badico começou a carreira de treinador no Farroupilha. Atualmente com 48 anos, tentou sem sucesso subir à Divisão de Acesso pelo tricolor do Fantasma em 2014 e 2015. Em 2016, levou o Esportivo até a segunda fase da Divisão de Acesso. Neste ano, trabalhou na montagem de um bom elenco na Montanha dos Vinhedos, mas foi demitido na segunda rodada. Está sem clube. Nome de Badico tem o mesmo problema de Gilson Cabeção; técnico ainda não tem currículo extenso.