Brasil sofre gol no fim, empata com Novo Hamburgo e segue na nona colocação

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O cenário perfeito quase se concretizou. Na mesma noite, o Brasil se livrava matematicamente de qualquer possibilidade de rebaixamento e ainda se aproximava de uma vaga na próxima fase. Esse era a realidade até os 45 minutos do segundo tempo do jogo contra o Novo Hamburgo, em que o Xavante vencia por 1 a 0 no Bento Freitas, gol de Marcinho. O tento de Júlio Santos, porém, selou o 1 a 1 e deixou tudo para a última rodada.

O resultado manteve o Rubro-Negro na nona posição, com 10 pontos ganhos. Um a menos que o Juventude, que fecha o grupo dos oito primeiros, e dois a mais que o Ypiranga, que abre a zona da degola.

Com novidades na escalação, Brasil desperdiça chances de abrir o placar

O Xavante foi a campo com algumas alterações em relação aos jogos anteriores. Na lateral-direita, Éder Sciola retomou a titularidade. Retornando de suspensão, Leandro Camilo formou a dupla de zaga com Teco, mantido no onze inicial.

Empurrado por uma Baixada praticamente lotada e atuante, o Brasil começou em cima. Na marca dos quatro minutos, Marcinho arrancou pela direita, aplicou uma meia-lua em Pablo e cruzou rasteiro, na direção da pequena área. A zaga anilada, porém, afastou o perigo. Na segunda cobrança de escanteio, o goleiro Matheus abandonou a meta de forma completamente equivocada, mas nenhum jogador de vermelho alcançou a bola para empurrá-la para as redes.

Aos poucos, o Novo Hamburgo também apareceu no campo de ataque e se viu diante de uma excelente chance de abrir o marcador. Primeiro foi com Conrado, que aproveitou o arremesso cobrado na área e, quase na risca da pequena área, conseguiu desviar. Só não marcou porque Martini esticou o pé e manteve o zero no placar. Aos 10, o mesmo Conrado tentou em cobrança de falta da intermediária, mas bateu fraco, facilitando o trabalho do arqueiro.

Juninho teve sequência entre os titulares (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

A entrada de Teco simbolizou uma mudança no futebol apresentado pelo time de Rogério Zimmermann. Os lançamentos longos, alvo de críticas por parte de torcida e imprensa ao longo do estadual, foram, sim, uma questão utilizada eventualmente. Mas foi possível perceber uma saída de jogo mais trabalhada, com maior participação dos volantes. E o zagueiro contribuiu muito para isso.

Um retrato dessa situação pôde ser visto aos 13 minutos, quando Teco percebeu o avanço de Marlon e o acionou. O lateral cruzou na primeira trave, onde Papa dividiu com a defesa e ficou com o escanteio. Um “replay” do lance ocorreu 20 minutos mais tarde. Projeção de Marlon, passe de Teco… a diferença foi que, dessa vez, a pelota encontrou Juninho, que se antecipou ao goleiro Matheus e desviou pra fora.

Os últimos lances do primeiro tempo reservaram oportunidades dos dois lados. Aos 40, João Paulo dominou pelo meio e acionou Assis. Às costas de Marcinho, o lateral soltou o pé e carimbou a trave da meta defendida por Martini. Três minutos mais tarde, a falta rasteira cobrada por Marlon foi desviada por Leandro Camilo e por muito pouco não tomou o caminho do gol. A jogada, aliás, foi uma das últimas do zagueiro em campo. Apresentando dificuldades para caminhar, foi substituído por Evaldo.

Xavante sai na frente, mas cede empate no fim

Brasil e Novo Hamburgo voltaram sem alterações para a etapa final. E, pelo lado rubro-negro, o panorama se manteve, com os volantes participativos na saída de jogo. O primeiro arremate, contudo, foi do Anilado, em chute fraco de Tiago Ott defendido com segurança por Martini. A resposta xavante veio pela direita, de onde Éder Sciola cruzou para Juninho, que cabeceou fraco e não assustou Matheus.

E foi de uma tabela de Juninho com a zaga do Novo Hamburgo que o placar quase virou Rubro-Negro. Quando o cronômetro apontava 13 minutos, o camisa 10 conduziu a bola pelo meio e percebeu a movimentação de Marcinho às costas da marcação. O passe interceptado por Pablo se transformou numa assistência para Juninho, que ainda se livrou do defensor, invadiu a área e, na hora do arremate, exagerou na força, mandando por cima.

Mas não teve muito tempo para lamentar uma das oportunidades mais cristalinas da noite. Aos 20, Éder Sciola fez o arremesso lateral direto na área. Gustavo Papa subiu mais alto que todo mundo e conseguiu desviar para o meio. Foi ali, entre os zagueiros, dentro da pequena área, que Marcinho conseguiu escorar para o barbante.1 a 0.

Marcinho fez o gol do Brasil (Foto: Carlos Insaurriaga/GE Brasil)

O gol incendiou o Bento Freitas. Diante desse cenário, o Brasil quase ampliou aos 22, quando a falta cobrada por Marlon correu lentamente até a direção da segunda trave e não encontrou alguém que a empurrasse para as redes. O Novo Hamburgo acordou no jogo e passou a rondar com muito mais frequência e perigo a área vermelha e preta. Entretanto, não exigiu tanto trabalho de Martini. Em uma das únicas oportunidades que o goleiro foi exigido, ele segurou firme a conclusão de Lucas Santos, que girou sobre a marcação e bateu mascado.

Quem imaginava um Anilado pressionando pelo empate, se enganou. O Brasil conseguiu administrar o resultado, reter a bola próxima ao escanteio. Mas foi com a mesma arma que o Xavante abriu o placar que o Noia arrancou o empate. Depois do lateral arremessado na área, o desvio encontrou Júlio Santos, que esticou o pé e decretou a igualdade.

Os comandados de Zimmermann, então, se atiraram para o ataque. Contra o relógio, só se aproximaram do gol no lance derradeiro: cobrança de escanteio desviada por Nem, que acabou acertando o lado externo da rede.

Ficha técnica

Brasil: Martini;Sciola, Camilo (Evaldo), Teco e Marlon; Leandro Leite e João Afonso; Marcinho, Juninho (Galiardo) e Nem; Papa (Rodrigo Silva). Técnico: Rogério Zimmermann.

Novo Hamburgo: Matheus; Renan, Júlio Santos, Pablo e Assis; Amaral, Tiago Ott (Jeff Silva); Conrado (Lucas Santos), Preto e Juninho; João Paulo (Jeferson Assis). Técnico: Beto Campos.

Cartões amarelos: Nem, Gustavo Papa e Evaldo (B); Renan e Júlio Santos (NH).

Arbitragem: Márcio Coruja, auxiliado por auxiliado por José Eduardo Calza e Maurício Coelho Penna.