Enquanto as garotas da equipe feminina do vôlei do Brilhante treinam, o técnico Anderson Meireles conversa com a reportagem. Nesse período, é Bianca Moraes quem comanda as atletas da categoria iniciação. Durante o encontro com o repórter, algumas pausas. O técnico elogia um corte, faz os ajustes necessários e retorna aonde parou: a entrevista.
O tema da conversa já fora definido há alguns dias, com sugestão de pauta e até de título, acatado pelo redator. O vôlei do Brilhante está procurando gigantes. Hoje, o clube forma apenas dois times capazes de competir. Falta gente. Assim, Anderson monta duas equipes que viajam pelo estado em busca de medalhas: o adulto masculino e feminino. Com isso, o clube torna-se refém da base. Sem garotos e garotas das categorias inferiores no time adulto, não há equipe. Sem equipe, não há competição. Carente disso, pode faltar motivação aos atletas.
É um ciclo. Um detalhe puxa o seguinte. Na ausência de algum, o todo fica comprometido. Mesmo assim, os resultados aparecem. Em 2008, por exemplo, a equipe masculina ficou em quinto lugar no estadual, superando potências como União e Sogipa, ambos de Porto Alegre. Sem dizer em talentos produzidos aqui. Renata Junges, hoje na Univates, é motivo de orgulho no vôlei local. E a safra não chegou ao fim. Novos nomes começam a aparecer, como Luiza Schiller e Rafaela Krolow, ambas da categoria infanto-juvenil, que compreende atletas de 15 a 18 anos.
Luiza e Rafaela chegaram ao Brilhante em função do interesse pelo esporte. Ingressaram no time e hoje são referências entre as mais jovens. Com a ajuda delas, o técnico espera poder formar uma equipe competitiva. No entanto, já sabe de um problema que pode enfrentar mais adiante: a perda de jogadoras qualificadas para outros clubes, da serra ou região metropolitana. “A gente lamenta isso. Nós perdemos atletas que poderiam estar nos ajudando, poderiam ser referência no nosso trabalho”. Anderson, porém, enxerga o lado positivo desse fator. “A gente tem que acabar comemorando e entender que isso é fruto de um trabalho que se faz aqui dentro”, comenta.
“A repetição é a mãe da habilidade”
Com uma rotina de treinos de duas vezes por semana, Anderson sonha em poder, mais adiante, retomar a intensidade de trabalho de ideal. Para o técnico, quatro dias da semana seriam importantes para aprimorar ainda mais o desempenho do grupo. Contudo, o técnico não se abala, e nota em outros aspectos a alternativa para driblar a altura. “O ideal é que se tenha uma boa estatura, que se tenha uma equipe alta. Porém, prevalece muito o talento e a vontade. Se tiver uma boa disposição para desenvolver os treinamentos, com certeza a gente vai trazer bons resultados e o fator estatura não vai ser tão determinante assim”. Como sintetizar isso? Com a frase que norteia o trabalho de Anderson: “a repetição é a mãe da habilidade”.
Parabens ao trabalho feito pelo professor Anderson Meireles.
Sou ex-Atleta da Seleçao Brasileira de Voleibol e acompanho o trabalho dele a algum tempo e o trabalho dele só nao tem maior expressão e reconhecimento por falta de verba, porque todos sabem que hoje em dia para voce poder desenvolver um trabalho precisa destes fatores.
Ele tem dado como se fala,nó em pingo dágua,mas nunca deixou a peteca cair e segue fazendoseu trabalho da forma mais digna possivel.
Precisamos valorizar mais os grandes valores que temos dentro de casa
Um abraço e um beijo á todos(as) os(as) amantes do voleibol.
Parabens pelo otimo trabalho feito pelo professor Anderson Meireles, que leva o profissionalismo a favor do volei pelotense, pena que tenha tão pouco incentivo da comunidade local.
Como sempre criamos grandes atletas aqui, para outros times aproveitarem dos ensinamentos tão bem dados pelo mestre Anderson!!!!
Que faz milagres para ter uma equipe unida e forte junto com o Clube Brilhante, pena que os empresarios locais não adote os times de volei como nos outros lugares!!!!
Um abraço de uma mãe de atleta que convive com esta realidade!!!