No dia 20 de abril de 1913, a cidade de Pelotas testemunhou a primeira edição de um clássico que viria para ficar, sem dúvida alguma. Desde a primeira partida, todos os enfrentamentos entre Esporte Clube Pelotas e Grêmio Esportiva Brasil, literalmente “paravam” Pelotas.
Tido por muitos como o maior clássico do interior do país, Brasil e Pelotas sempre protagonizaram grandes embates na Boca do Lobo ou na Baixada, e até mesmo já tiveram seus craques desfilando em outros gramados como o Nicolau Fico ou até mesmo no campo do extinto Bancário.
Donos das torcidas mais apaixonadas do interior Gaúcho, o clássico mexe com os corações de milhares de torcedores, que sempre fizeram belíssimas festas nos dias em que vermelhos e amarelos se enfrentaram.
No primeiro clássico, vencido pelo Pelotas por 5×0, na Boca do Lobo, o público foi estimado em 4500 espectadores. Confira abaixo, a ficha técnica do clássico de número 1:
Pelotas 5: Gotuzzo; Diaz e Roberto Stephan; Jorge Brum, Assumpção(Machado) e Lannes; Juca, Edmaro, Octaciano, Abelardo e Argemiro. Capitão Geral: J. Santiago.
Brasil 0: Franck; Nunes e Brito; Gervásio, Mário Bonzo e Brenno; Diogo, Ribas(Valdir), Gerlach I, Gerlach II e Darwin. Capitão Geral: Oscar Kirst.
Em relação aos números, existem duas contagens. Uma feita pelo arquivo do já falecido plantão da Rádio Universidade, Antônio Carrion e outra feita pelo pesquisador Izan Muller. Em ambas o Brasil leva vantagem:
ARQUIVO ANTONIO CARRION
Jogos: 351
Vitórias do Brasil: 125
Vitórias do Pelotas: 107
Empates: 120
Gols do Brasil: 503
Gols do Pelotas: 483
ARQUIVO DO PESQUISADOR IZAN MULLER
Jogos: 411
Vitórias do Brasil: 141
Vitórias do Pelotas: 123
Empates: 147
Gols do Brasil: 544
Gols do Pelotas: 531
O maior goleador da história do clássico é Darcy Cunha Mortosa, o “Canhão da Baixada”. Mortosa marcou 42 vezes no clássico.